Uma comissão de representantes dos
ambulantes que vendem frutas no acostamento da Avenida Brasil, na Zona Oeste,
comércio tradicional na região, que vem passando de geração em geração há mais
de 50 anos, me procurou por uma justa razão. Na semana passada, por ordem da
Prefeitura do Rio, eles haviam sido retirados de seus locais de trabalho por
policiais do Batalhão de Vias Especial (BPVE) e guardas municipais. Em
protesto, fecharam parte da pista da Avenida Brasil, na quinta-feira, conforme
pode ser constatado em reportagem do jornal Oeste em Foco (abaixo).
Na manhã desta sexta-feira (26), levei
os ambulantes até a sede da Secretaria Municipal de Ordem Pública, onde fomos
recebidos pelo Secretário Alexander Vieira da Costa. Ele
ouviu atentamente as ponderações dos trabalhadores e explicou as diversas ações
que a Prefeitura vem desenvolvendo na Zona Oeste, que fazem parte do programa
‘Choque de Ordem’, coordenado pela Secretaria de Governo.
Ao final do encontro, o Secretário
autorizou que os ambulantes retornassem ao trabalho enquanto a SEOP realiza o
cadastramento dos comerciantes para que possa, num futuro próximo, legalizar a
atividade. Para isso, as barracas serão padronizadas, os ambulantes
portarão uniformes e deverão seguir as regras de higiene na manipulação dos
alimentos, determinadas pela Vigilância Sanitária.
Saí feliz da reunião, pois os
ambulantes, que já são figuras tradicionais ao longo de alguns trechos da
Avenida Brasil, na Zona Oeste, em especial os vendedores de caqui, terão o
direito de trabalhar para sustentar suas famílias, dentro das normas
estipuladas pela Prefeitura da cidade. Isto é bom para ambos os lados.